Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola foi um conflito armado ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939. Nesse contexto, havia duas forças políticas que disputavam o poder na Espanha momentos antes do conflito. Os falangistas de caráter fascista eram comandados pelo general Francisco Franco, e tinham como principal objetivo eliminar o crescente movimento comunista na Espanha. Tiveram apoio de alguns setores da sociedade espanhola a qual se encaixava a igreja, o exército e os grandes proprietários rurais. Também contavam com a ajuda militar alemã (nazista) e italiana (fascista), que apresentavam apenas um ideal, implantar um governo autoritário no país. Já a segunda força política era de tendência esquerdista, contava com o apoio dos sindicatos, partidos políticos de esquerda e defensores da democracia. O principal objetivo era combater o nazi-fascismo que já estava ocupando grande parte da Espanha e de alguns países da Europa. Essa tal chamada segunda força política, designada frente popular, também defendia o Governo Republicano e tinha como apoio externo a União Soviética.

O clima político e social na Espanha no início da década de 1930 era muito apreensivo com vários conflitos entre esquerdistas e nacionalistas. A guerra teve marco inicial no dia 18 de julho de 1936, quando o General Francisco Franco comandou o exército espanhol a um golpe de estado contra o governo democrático da Segunda República Espanhola. O golpe por sua vez não teve grande sucesso, a Espanha então ficou dividida entre falangistas e republicanos, e assim a guerra teve seu início, provocando milhares de mortos e muita destruição através de perseguições e execuções patrocinadas pelos dois partidos.

Os falangistas contaram com o apoio dos regimes fascistas da Alemanha e da Itália, uma vez que queriam implantar o sistema fascista na Espanha e combater o crescimento do movimento socialista. Já os republicanos com ideário socialista contaram com apoio bélico da União Soviética.

Em meio a esse contexto, houve um episódio cruel de ataque fascista patrocinado por aviões de guerra da Alemanha e da Itália, fato ocorrido em 26 de abril de 1937 em Guernica, mantando milhares de pessoas devido a esse bombardeio.

O acontecimento ganhou como marco cultural um painel pintado por Pablo Picasso, retratando a crueldade do ataque aéreo sobre os civis da cidade espanhola, obra até então intitulada “Guernica”.

Após alguns anos de conflito bélico, a Guerra Civil Espanhola terminou com a vitória dos falangistas que conseguiram derrubar o governo republicano do poder. Francisco Franco então assumiu o poder em abril de 1939, implantando um regime ditatorial na Espanha.

Apesar de a guerra ter chegado ao seu fim, ainda restaram vestígios de toda a destruição, contando com a morte de cerca de 400 mil pessoas; a forte massa de destruição de prédios, igrejas e casas em diversas cidades; prejuízo para a agricultura e pecuária; diminuição de cerca de 30% da renda dos espanhóis; e a forte crise econômica no país que perdurou durante vários anos.

Autoria: Rafaela